Amusing ourselves to Death
Ontem, eu terminei de ler “Amusing ourselves to Death”, de Neil Postman.
De fato é um livro ótimo, atual como nunca. Gostaria de fazer uma análise dele versus o mundo moderno, que embora em muitos lugares tenha voltado a ser tipográfico (twitter, email, whatsapp, etc.), parece ainda invadido pela imagem da mídia televisiva. E ainda melhor, Netflix: o que isso representa para a construção do nosso raciocínio.
- Huxley e Orwell têm visões opostas sobre o que seria uma distopia
- A imagem de Orwell representa uma distopia totalitária, que aconteceu nos paises soviéticos; o estado toma controle da informação de forma que as pessoas não sabem o que é verdadeiro e o que não é;
- A imagem de Huxley representa uma distopia ‘capitalista’ (mais para um estado de bem estar social), em que as pessoas são controladas pelo excesso de informação, e pela banalidade da espécie humana
- Neil Postman argui que a sociedade americana dos anos 80 é a realização do pesadelo de Huxley.
- Um dos argumentos mais interessantes de Postman é a transição entre uma sociedade que tem como principal meio de comunicação a mídia escrita, para uma sociedade que tem a mídia televisiva como tal;
- Postman diz que esses dois tipos de mídia tem dois tipos de linguagem - Escrita: ordenada, levando a um fim, lógica. Televisiva: não-linear (é feita para que qualquer pessoa entenda o que se passa em 20 segundos), com fim em entreter, sem lógica necessária por trás: emocional
- Uma linguagem televisiva é danosa para uma democracia, pois assim se escolhem políticos por sua capacidade de emocionar e sua imagem, mas não por sua lógica e bons argumentos.